Em primeiro lugar, nos solidarizamos com as pessoas que sofrem com as cheias no Rio Grande do Sul, devido as chuvas intensas que acometem o estado na última semana. Ver pelas redes sociais e televisão as notícias das mortes das pessoas, dos animais que não resistiram e a destruição das cidades, encostas e estradas nos entristece profundamente. Por isso, manifestamos aqui nossa solidariedade e desejo que a situação se normalize o mais rápido possível. Desejamos também força às equipes de resgate para que possam ajudar o maior número de pessoas.

Em segundo lugar, gostaríamos de informar que no dia 1 de maio (quarta-feira), por volta das 23h a subestação de 525 kV Nova Santa Rita foi desligada em definitivo, sem previsão de retorno.

A instalação, de responsabilidade da CGT Eletrosul, do grupo Eletrobras, que hoje é comandado por agentes do mercado financeiro, hegemonicamente o Grupo 3G de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira (mesmo trio que quebrou as Americanas, Ketchup Heinz e ALL Logística), está alagada e a empresa até agora não fez nenhum comunicado à população.

O modelo de gestão é sempre o mesmo. Precarizam toda a linha de produção para gerar lucros estratosféricos e distribuir dividendos. Depois que o negócio quebra, eles pulam fora como fizeram agora com as Americanas e o Estado Brasileiro que se vire com a massa falida. Mas e se a Eletrobras quebrar? E se o Brasil apagar?

No caso da Eletrobras deram um grande golpe. Com a condescendência de Bolsonaro, Paulo Guedes e Bento Albuquerque, tomaram conta do Conselho de Administração da empresa. Hoje, 4 dos 7 conselheiros da Eletrobras são indicados do Grupo 3G. Ocorre que a 3G tem 0,05% das ações com direito a voto. Já o governo brasileiro detém 43% e não pode indicar um conselheiro sequer.

Hoje (3 de maio), existem pessoas trabalhadoras isoladas em algumas cidades, sem combustível e sem a possibilidade de se deslocar para os seus locais de trabalho. Até agora, a empresa ainda não apresentou nenhum plano de contingência, para que essas pessoas possam desempenhar suas funções sem colocar em risco a própria vida e de suas famílias, que já sofrem com os alagamentos.

O desligamento da subestação Nova Santa Rita, que foi construída para fortalecer o abastecimento de energia elétrica no Rio Grande do Sul e também escoar a energia gerada nos parques eólicos do sul do estado, interligando ao Sistema Elétrico Nacional, aumenta o risco de apagão na região.

A causa do desligamento da subestação de Nova Santa Rita foi a inundação das instalações, com as fortes chuvas que tem acometido o estado, causando também deslizamentos de terra, isolamento de algumas localidades, desabrigados e também mortes. Com as chuvas, causadas pelas mudanças climáticas dos últimos anos, não há estudo de engenharia que resista.

Mas e a 3G com isso?

Ora, a 3G foi beneficiada com a eleição do Bolsonaro (aquele das joias) e também sustentou o governo para que pudesse tomar conta do sistema Eletrobras. Bolsonaro por sua vez é o mesmo que facilitou o garimpo ilegal na Amazônia, desmatamento ilegal a partir do seu ministro Salles, que prometeu passar a boiada.

Agora a população sofre com alagamentos e intensificação dos efeitos climáticos extremos devido a falta de cuidado com o meio ambiente por parte do governo do cavernícola.

Falta de cuidado com o meio ambiente e nenhuma política para frear desmatamento e por consequência aquecimento global e suas consequências, privatização da Eletrobras, tomada pela 3G e o mercado financeiro, que precariza os postos de trabalho desembocam no desligamento de uma subestação inteira, fragilizando o Rio Grande do Sul no que diz respeito a energia elétrica. Soma-se a isso a privatização da CEEE, promovida por Eduardo Leite, que também tem trazido prejuízos ao povo gaúcho.

O caos está se estabelecendo, pouco a pouco e o neoliberalismo não terá condição de resolver, por que ele é a causa deste desastre todo.

Tá ruim? Pode piorar. A Eletrobras pretende reduzir o salário das pessoas que mantém o sistema em pé em 12,5%. Tudo para alimentar a fome do deus mercado. É preciso que a população se una para que a Eletrobras volte a ser comandada pelo povo brasileiro, que possui mais de 46% das ações da empresa. Só isso salvará o Brasil de um apagão em breve.

Já pensou, se faltar luz no meio de uma calamidade climática e não ter a quem recorrer?

#ReestatizaEletrobrasJá